domingo, 31 de maio de 2015

Nono Digito em Telefonia Móvel no RN Inspiram Charge Brum










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Da Tribuna do Norte

Ex-Flu estreia pelo rubro-negro

Da Tribuna do Norte
O mais charmoso clássico do futebol carioca será disputado hoje, às 18h30, quando Flamengo e Fluminense entrarão no gramado do Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro em busca de dias melhores. O Tricolor, que vem de empate sem gols com o Corinthians, soma quatro pontos, está na parte intermediária da tabela de classificação e busca a regularidade. O Rubro-Negro tem um caminho um pouquinho mais longo. Demitiu Vanderlei Luxemburgo após a derrota de 2 a 1 para o Avaí, que jogou o time, que tem apenas um ponto, na zona de rebaixamento. Cristóvão Borges, contratado para a vaga de Luxa, assume o posto mas, antes dele chegar, o time ainda empatou por 1 a 1 com o Náutico, pela rodada de ida da terceira fase da Copa do Brasil, deixando a torcida ainda mais desconfiada.
Gilvan de SouzaCristóvão Borges sabe que apenas a vitória poderá amenizar o clima de pressão no novo clube 
Cristóvão Borges sabe que apenas a vitória poderá amenizar o clima de pressão no novo clube

Se o mau momento do Flamengo tem se tornado uma das principais atrações do clássico, na visão dos tricolores não vai interferir no andamento do jogo. “Clássico é sempre complicado, independentemente do momento dos times na competição e do que aconteceu nos jogos anteriores. Um duelo contra o Flamengo vai sempre representar dificuldades. O Fluminense sabe que não existe jogo tranquilo no Brasileiro e que vamos precisar estar muito atentos a cada momento. Respeitamos o Flamengo, é um rival e não esperamos tranquilidade. Mas vamos procurar nos impor e construir a vitória”,  disse o volante Jean.

Mesmo de lado oposto, Cristóvão Borges, o estreante da noite, pensa de maneira parecida. “Acredito que será um jogo marcado pelo equilíbrio, como todos os clássicos. Não vejo vantagem de nenhum dos dois lados. Acho que quem entrar em campo mais concentrado vai atingir seu objetivo”,  disse Cristóvão.

Os jogadores flamenguistas, inclusive, prometem que garra não vai faltar para começar a mudar a realidade do time no Campeonato Brasileiro. “Precisamos demais começar a somar pontos importantes e pensar em metas maiores no Campeonato Brasileiro. Garra não tem faltado a nosso time e vamos jogar com ainda mais empenho por ser um clássico. Queremos muito um triunfo contra o Fluminense para entrarmos em outro momento na competição”,  disse o atacante Alecsandro.

Em termos de escalação, Enderson Moreira decidiu dar um voto de confiança aos atletas que empataram com o Corinthians e vai repetir a escalação.

Ficha técnicaFlamengo: Paulo Victor, Pará, Bressan, Wallace e Pablo Armero; Victor Cáceres, Héctor Canteros, Gabriel e Everton; Marcelo Cirino e Alecsandro.
Técnico: Cristóvão Borges
Fluminense: Diego Cavalieri, Renato, Gum, Henrique e Giovanni; Edson, Jean, Wágner, Vinícius e Gerson; Fred
Técnico: Enderson Moreira
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: 18h30
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa-SC)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Fábio Pereira (Fifa-TO)

Parceria leva serviços a moradores de Natal

Da Tribuna do Norte
Com ações focadas nas áreas de saúde, educação, lazer, esportes  e na emissão de documentos, o Serviço Social da Indústria (Sesi) já tinha atendido, no fim da manhã de ontem, pelo menos cinco mil pessoas por ocasião da 21ª edição do Ação Global, que foi realizada simultaneamente em 28 cidades brasileiras, inclusive Natal.
ANA SILVACom 54 parceiros e 1.135 voluntários, Ação Global tinha meta de atingir 90 atendimentos em Natal 
Com 54 parceiros e 1.135 voluntários, Ação Global tinha meta de atingir 90 atendimentos em Natal

O gerente do Sesi em Lagoa Nova, Marcelo Dantas, disse que a expectativa era de atender cerca de 18 mil pessoas até as 17 horas do sábado, horário de encerramento da Ação Global.

Durante o atendimento, algumas pessoas reclamaram na demora do atendimento e da fila, tendo Dantas explicado que isso ocorre devido a demanda ser muito alta. Ele disse, ainda, que o Sesi trabalha com parceiros “e alguns limitam o número de atendimentos”.

Segundo Dantas, às 5 horas da manhã já havia muita gente na fila do atendimento, esperando o agendamento para documentação, que eles pensam que recebem na hora: “Muitas  pessoas não sabem, que em alguns casos, como a carteira de trabalho, faz-se um agendamento e o documento é entregue ao beneficiário entre 15 e 30 dias”.

Dantas disse que existe uma demanda muito grande por parte das pessoas, sendo que este ano o Itep não montou estande. “Por isso não teve emissão de carteira de identidade”, destacou ele.

Por fim, ele disse que “o Sesi não faz nada só, nós arregimentamos os parceiros e oferecemos as condições de infraestrutura para que eles possam desenvolver a prestação dos serviço à população”.

O tema da Ação Global deste ano, desenvolvida no Sesi de Lagoa Nova, foi “Qualidade de vida em saúde e segurança no trabalho” e contou com a participação de 54 parceiros e 1.135 voluntários.

A expectativa era de 90 mil atendimentos entre às 9 e 17 horas de ontem, que incluíram 140 casamentos comunitários feitos em parceria com os cartórios de Cidade Jardim, Alecrim, Igapó e Redinha.

Blatter: entre Messias e demônio

Da Tribuna do Norte
Stefan NestlerDeutsche Welle

Joseph "Sepp" Blatter também já jogou futebol: como centroavante, nos anos 60 fez gols para o FC Visp na primeira liga amadora da Suíça. Também foi treinador do clube de sua cidade natal. Na época, ninguém diria que um dia ele seria o mais poderoso dirigente do esporte no mundo. Ele nasceu em 1936 na localidade de Visp, no cantão suíço de Wallis, não muito longe da montanha Matterhorn, como o segundo entre os três filhos de um mecânico de automóveis. Após concluir o curso médio, foi estudar economia e administração de empresas em Lausanne. Inicialmente perseguindo carreira em relações públicas, trabalhou para a Associação de Turismo de Wallis e depois para uma fábrica multinacional de relógios.
vanessa carvalhoJoseph Blatter, ex-centroavante de um time na Suíça nos anos 1960, vai para o quinto mandato na entidade maior do futebol 
Joseph Blatter, ex-centroavante de um time na Suíça nos anos 1960, vai para o quinto mandato na entidade maior do futebol

Aos 39 anos, Blatter começou sua trajetória como dirigente de futebol. O então presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), o brasileiro João Havelange, o levou para a organização. Na qualidade de diretor dos programas de desenvolvimento, o suíço era responsável pelos campeonatos de juniores, entre outras atividades.

Ele contava também com a proteção de Horst Dassler, filho de Adolf Dassler, o fundador da Adidas. Consta que, durante alguns meses, Blatter teve até mesmo seu salário pago pelo conglomerado de artigos esportivos. Além disso, Dassler disponibilizou para Blatter um escritório na Alsácia.

O empresário alemão teria igualmente "mexido os pauzinhos" dentro da Fifa quando, em 1981, Blatter foi escolhido para ser o secretário-geral, o segundo cargo mais importante da federação internacional. Ele ficou encarregado de negociar os direitos de transmissão televisiva dos Mundiais de futebol e de gerir os contatos com os patrocinadores.

Além disso, participou de algumas mudanças nos regulamentos, como a adoção da "regra dos três pontos", segundo a qual uma vitória vale três pontos, e o empate, apenas um. Blatter tinha fama de competente e comunicativo.

Em 1998, por fim, chegou ao topo. Na sucessão de Havelange à frente da Fifa, conseguiu se impor contra o então presidente da Uefa, o sueco Lennart Johansson. Várias fontes acusam Blatter de ter comprado os votos dos delegados africanos por 1 milhão de dólares. Ele nega a acusação, falando em "ajuda ao desenvolvimento".

Desde então, o presidente da Fifa tem se mostrado extremamente resistente a escândalos. Por mais sérias que fossem as circunstâncias, ele sempre conseguiu sair ileso. E o que não faltou foi escândalo em seus 17 anos de gestão.

O mais crítico para ele foi provavelmente o que envolveu a ISL, parceira de marketing da Fifa, que pagava suborno aos dirigentes do esporte. Isso foi confirmado em juízo, assim como o fato de que, como secretário-geral, o cartola suíço sabia das propinas – descritas por ele como "comissões". Em 2010, finalmente, a Fifa escapou do processo pagando uma soma milionária e declarou Blatter inocente.

Em sua terceira reeleição, em 2011, o dirigente se beneficiou da corrupção no interior da própria federação. Seu adversário, Mohamed bin Hammam, retirou a candidatura ao ser divulgado que ele tentara subornar delegados do Caribe.

Embora o catariano tenha revelado que Blatter sabia das negociações de suborno, a comissão de ética da Fifa exonerou de culpa o presidente, que comentou na época: "Crise? Como assim, crise? A Fifa não está em nenhuma crise. Temos apenas dificuldades."

A comissão de ética também cuidou para que Blatter atravessasse incólume as controvérsias sobre a concessão das Copas do Mundo de 2018 e 2022 à Rússia e ao Catar, respectivamente. Ao contrário do investigador-chefe da Fifa, Michael Garcia, a comissão não constatou qualquer irregularidade nos procedimentos.

Muitos se perguntam como é que Blatter consegue repetidamente se manter fora de todos os apuros. Ele sabe como o poder funciona e o que é necessário para mantê-lo, descarta as críticas externas com um sorriso, esmaga os levantes que acontecem em seu próprio campo, neutraliza os competidores, espera até que os problemas passem sozinhos.

Tudo isso é possível por ele saber que pode confiar quase cegamente em seus seguidores, por contar inteiramente com o respaldo dos cartolas da Ásia, da África e da América Latina. Há 17 anos ele cultiva relações com essas regiões seguindo o princípio do "é dando que se recebe".

"Sou o presidente daqueles que têm que se esforçar mais para conseguir tocar no concerto internacional", disse, certa vez, numa entrevista. "Então sou, por assim dizer, o presidente dos pequenos."

Em muitos países da Ásia, da África e da América Latina, Blatter é cultuado como um "Messias do Futebol", que não só se empenha pelos clubes locais como ainda consegue dinheiro para eles – seja como "ajuda para o desenvolvimento", seja sob outros pretextos.

Assim, por mais que a União das Federações Europeias de Futebol (Uefa) o demonize, os clubes do continente só somam um quarto dos quadros de membros da Fifa – bem menos que a maioria necessária para eventualmente derrubar o polêmico presidente.

Se há algo que o cartola de 79 anos não tem, são dúvidas. Ele não se cansa de proclamar que se encontra em meio a uma missão: "Devido às emoções positivas que o futebol desencadeia, a Fifa é mais influente do que qualquer país da Terra ou qualquer religião" – essa é a crença de Sepp Blatter.

Os negócios da Fifa
Fundada em maio de 1904, a Fifa constitui uma associação nos termos do Código Civil da Suíça. Enquanto entidade de utilidade pública com fins não lucrativos, ela se compromete a reinvestir no futebol todos os seus lucros e reservas, por exemplo, em programas juvenis e de desenvolvimento. Receita e despesa têm que se igualar, não sendo pagos dividendos. Isso é o que consta escrito em seu relatório atual.

Modelo comercialPor ser uma associação, portanto, a Fifa só paga 4% de imposto sobre seus lucros líquidos, a metade do que se cobra das firmas de capital. Isso quando, na realidade, ela é um conglomerado bilionário, que faz dinheiro sobretudo com a Copa do Mundo.

No entanto, enquanto entidade de interesse público, como consta em seu estatuto, a Fifa não pode se dedicar a atividades comerciais. Então de onde vêm as centenas de milhões que ela lucra a cada ano?

Seu modelo comercial é relativamente simples: o país anfitrião de cada Copa é quem arca com todos os custos. Quem se candidata a sediar o evento tem que assegurar total isenção de impostos à Fifa. Em volta dos locais dos jogos se forma uma espécie de oásis fiscal, em que todos os parceiros da entidade estão liberados dos impostos locais sobre renda ou valor agregado.

Especialistas calculam que, desse modo, o fisco da Alemanha, por exemplo, deixou de arrecadar cerca de 250 milhões de euros no Mundial de 2006. O mesmo se aplica à Copa de 2010, na África do Sul, ou à de 2014, no Brasil – ambos países que necessitariam urgentemente de maiores arrecadações.

FaturamentoA fatia mais gorda das rendas da Fifa são os astronômicos direitos de transmissão televisiva, cujo cumprimento é meticulosamente fiscalizado. Em 2014 ela faturou com eles 742 milhões de dólares, além de outros 465 milhões de euros em direitos de marketing.

O relatório comercial da Fifa para 2014 registra uma receita bruta de 1,9 bilhão de dólares. Sobraram 141 milhões de dólares de lucro, elevando as reservas líquidas da federação internacional para o atual 1,52 bilhão de dólares.

O "inventor"A transformação da Fifa em "máquina de fazer dinheiro" ocorreu na Copa sediada pela Alemanha em 1974, ano em que o brasileiro João Havelange assumiu a presidência da organização.

Horst Dassler foi quem introduziu o novo modelo de marketing na Fifa. Filho do fundador da Adidas, Adolf Dassler, e presidente do conglomerado de artigos esportivos de 1985 a 1987, ele reconheceu o potencial comercial da federação internacional e conquistou os primeiros grandes financiadores.

Seu plano foi atrair o interesse de multinacionais dispostas a pagar milhões pelo privilégio de se apresentarem com exclusividade nos Mundiais. Como contrapartida, elas têm destaque da marca nas faixas de publicidade, contingentes grátis de ingressos, condições especiais para convidados da firma e o uso exclusivo do logo da Copa do Mundo.

Os atuais parceiros da Fifa são Adidas, Coca-Cola, Sony, Visa, Emirates e Hyundai/Kia.

GastosDe acordo com o direito suíço de associações, a Fifa também distribui verbas elevadas. Em 2014 ela concedeu 509 milhões de dólares para numerosos projetos de desenvolvimento. As seleções participantes do Mundial no Brasil receberam 385 milhões de dólares, dos quais 35 milhões de dólares foram para os cofres da campeã Alemanha.

'Seppocracia'Tudo é relativo na Fifa. Até mesmo o tempo. "Acho que o tempo que passei na Fifa não é longo", disse Joseph "Sepp" Blatter antes de sua reeleição no 65º congresso da Fifa. Lembrete: este homem está há 40 (!) anos na entidade máxima do futebol mundial.

Em 1975, ele começou como diretor de programas de desenvolvimento. Naquela época, o seu adversário derrotado na disputa pela presidência da Fifa, o príncipe jordaniano Ali bin al-Hussein, não era nem nascido. E não somente neste ponto Blatter tem uma percepção bem própria das coisas.

Anos de corrupção por parte de dirigentes do alto escalão da Fifa? Para Blatter, apenas casos isolados. Indignação pública com o enésimo escândalo na Fifa? Sujeira para a qual a Fifa está sendo arrastada. Assumir a responsabilidade política pelo caso? "Sim, assumo", disse Blatter – mas renunciar por causa disso, nem pensar.

Blatter constrói o seu mundo do futebol do jeito que lhe agrada. E sua "família", como ele chama a Fifa, de fato aceita isso. Para quem vê de fora, é algo completamente incompreensível. Mas, dentro dessa família, as regras simplesmente são outras.

Há quatro anos, estive em Zurique para o congresso da Fifa de 2011. Na época também havia críticas públicas a Blatter e à Fifa – não tão contundentes como as de hoje, mas claramente audíveis. No interior do salão, porém, era tudo paz e amor. Somente a Federação Inglesa de Futebol (FA) ousou tecer algumas críticas a Blatter. Na época, pensei: um mundo paralelo, essa Fifa. Hoje tenho certeza: a Fifa é um universo paralelo.

"Não precisamos de uma revolução, precisamos de evolução", sustentou Blatter, com toda a seriedade, diante dos dirigentes, oferecendo-se como o nome inovador para uma "Fifa forte", que precisa ser protegida (por ele) de interferências políticas. Como é que é? Justamente ele quer reformar um sistema que tem sido moldado e influenciado por ele mesmo, durante décadas? Assim, como se ele não tivesse nada que ver com essa Fifa que está aí? Desconexão com a realidade é elogio num caso como esse.

E, mesmo assim, o mundo bizarro da Fifa é bem real. Um mundo onde um presidente em exercício provavelmente nunca deixará o cargo derrotado numa eleição porque mantém o seu eleitorado com cargos e doações de vários milhões de dólares. Um mundo no qual há influentes e ricos "coletores de votos", como o xeque Ahmad al-Sabbah, que, em troca de sua lealdade a Blatter, tem as melhores cartas para ser escolhido seu sucessor em quatro anos.

Ambos trocavam abraços e demonstravam no palco do congresso a certeza da vitória – antes mesmo da eleição. A Fifa, uma democracia? Está mais para uma monarquia com sucessão hereditária. Uma "Seppocracia". Depois que ele finalmente foi novamente entronado, digo, eleito – porque seu desistiu de um segundo turno –, Blatter festejou a si mesmo: "Let's go Fifa, let's go Fifa! Eu sou o presidente de todos vocês".

‘Podemos ganhar o maior investimento dos próximos 50 anos’

Da Tribuna do Norte
Nadjara Martins
Repórter

Embora o grupo Latam tenha desmentido, na última quinta-feira (28), que Fortaleza já teria sido escolhida como sede do próximo centro de conexões áreas (hub) da companhia, o burburinho pode servir de alerta para o Rio Grande do Norte. Na última semana, Fortaleza e Recife, que disputam com Natal a chance de sediar o investimento de R$ 4 bilhões, movimentaram as peças do jogo. O Ceará conseguiu entrar, de última hora, dentro do pacote de concessões de aeroportos do Governo Federal, a ser lançado em 9 de junho. Já a capital pernambucana se equiparou às rivais ao decretar a redução da cobrança tributária sobre o combustível das companhias aéreas. O RN retomou as obras de apenas um dos acessos ao aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

Até o início desta semana, o aeroporto potiguar poderia congratular-se como o único do Nordeste de administração privada. Ceará e RN também estavam a frente por terem reduzido a cobrança do ICMS sobre o querosene de aviação. O combustível representa 40% dos custos das companhias.
Magnus NascimentoMinistro do Turismo analisa possibilidades do RN receber investimentos da empresa Latam 
Ministro do Turismo analisa possibilidades do RN receber investimentos da empresa Latam

Na análise do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, para o RN tomar a dianteira da disputa é preciso correr com obras de mobilidade e infraestrutura. Os acessos ao aeroporto, assim como uma conexão ferroviária centro-terminal foram apresentadas como primordiais pela TAM em reunião a portas fechadas, no Palácio do Planalto. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, o ministro delineia o cenário de desafios a serem enfrentados pelo o RN até dezembro deste ano. Confira:

Como Natal-São Gonçalo podem se diferenciar nesta disputa?No dia 21, levei a presidente da TAM, Claudia Sendes, e o presidente do conselho da Latam,  Marco Antonio Bologna, em uma audiência com a presidente da República e o ministro da Aviação, Eliseu Padilha. Eles foram expor à presidente todo esse projeto, importante para o desenvolvimento regional por sair do eixo Rio-São Paulo-Brasília e viabiliza isso para o Nordeste brasileiro. Foi uma reunião de 1h30 em que eles colocaram todos os requisitos necessários, o que vai definir a decisão e porque eles trouxeram isso para o Brasil. Para mim, um diferencial é termos o combustível produzido a 150 quilômetros do aeroporto.

Um dos pleitos poderia ser a redução do preço do combustível no RN, em detrimento do preço em PE e CE?Sim, esta é uma decisão técnica da Petrobrás, temos que ter cuidado, mas é um caminho que podemos perseguir de maneira cautelosa. Outra questão a ser abordada, segundo as prioridades da TAM, são os acessos do aeroporto. O governador já assegurou que até dezembro entrega o Norte (BR-406), e temos que viabilizar o sul (BR-304), que é tão ou mais importante que o outro para quem quer ser hub. Na nossa competição com Recife e Fortaleza temos que tentar soluções criativas. Por exemplo, eles querem uma ligação férrea do centro ao aeroporto. Nós temos o VLT que está indo até Parnamirim e Zona Norte, mas precisamos viabilizar até o aeroporto. Temos outra questão: eles têm pilotos em hotéis em Natal que demoram 1h20 no deslocamento até o terminal. Quando tivermos um hub de conexões ao mundo inteiro, precisamos ter uma rede hoteleira nas proximidades. Já estamos viabilizando junto à Inframérica como resolver este item.

Há tempo hábil para viabilizar o acesso, a via férrea...?Um acesso só não resolve, a TAM já deixou isso bem claro, tem que ter os dois. O governador já afirmou que até dezembro teremos o norte, a TAM precisa desta segurança. Mas pelo tamanho do hub precisamos do outro. Temos que ver com a Inframérica o que ela pode pensar em recursos como viabilizar.

O que preocupa com relação às outras capitais?
Me preocupa que haverá um pacote no dia 9 de junho de novas concessões de infraestrutura, muito importante para a economia, e serão três aeroportos nesta modelagem. O primeiro, é importante que se diga, que conquistamos foi o do Rio Grande do Norte. Agora virão Porto Alegre, Salvador e Florianópolis, e houve uma pressão muito grande para que Recife e Fortaleza entrassem. A decisão era que somente entrariam se fossem escolhidos como hub. Agora, na reunião, a presidente anunciou que Fortaleza entrou nas privatizações, e é o que me preocupa. Era o nosso trunfo. Então, a deficiência que eles tinham será eliminada.

Foi questão de articulação política?
Por coincidência o governador (do Ceará) esteve na véspera com a presidente. Mesmo assim, ainda temos como reivindicar, pois Ceará tem o porto de Pecém e vai ganhar uma siderúrgica, e Pernambuco o de Suape, e a refinaria. Não podem estes estados continuarem crescendo e a gente aqui, é preciso ter um olhar diferenciado para os estados médios. O RN precisa alcançar um patamar de desenvolvimento condizente com a sua história e sonhos.

A desoneração do ICMS sobre o querosene de aviação ainda pode ser considerada um diferencial?
Veja bem, o RN agora que se igualou ao Ceará, que já dava há mais de um ano, só entramos no patamar que outros já estavam. Apenas nivelou. Foi importante porque se não nem estaríamos sendo considerados. Agora há outras coisas para resolver. Sem acesso não há hub, e há a linha de trem. Pretendo tratar com a CBTU nos próximos dias para viabilizar esse projeto e a própria estrutura do aeroporto.

Como o senhor avalia a estrutura do aeroporto?

Um estado que tem um aeroporto como aquele está mostrando um cartão de visita. É o mais moderno do Brasil. É a única pista em comprimento e largura que tem capacidade para receber o A380, um avião com capacidade para transportar 800 passageiros. Com esta pista, estamos mostrando nossa disponibilidade para crescer. O momento é que cada um fazer o seu dever de casa, poderíamos disputar e ganhar o maior investimento dos próximos 50 anos, com tamanha força de desenvolvimento.

Cabe alguma iniciativa de melhoria pelo trade turístico?Depois do encontro com os prefeitos, pretendo fazer uma reunião entre o trade turístico e a TAM. Esta questão não pode ser emocionalizada e politizada, precisamos mostrar que o interesse é de todo o RN.

O turismo pode ser uma saída de crescimento para o Brasil neste ano de ajuste fiscal?
Sem dúvida o turismo não pode ser relegado a segundo plano. Ele precisa constar na agenda econômica do país, ele participa com quase 4% do PIB nacional. É um dado muito significativo. Ele atende 52 segmentos da economia brasileira e gera 6 milhões de empregos diretos e indiretos. Neste momento de Olimpíada chegando é preciso fortalecer. Estamos em um momento bom, que é o dólar alto: ruim para quem quer viajar para fora, bom para que as pessoas venham gastar aqui dentro. Essa encruzilhada está a nosso favor. Este deve ser o vetor da economia que deve gerar mais rápido emprego e renda, e que atinge facilmente todas as camadas sociais. Do taxista, garçom, dono de pousada, todos os seguimentos estão envolvidos. Mas precisamos nos mostrar assim, ter força política para isso.

Quais os planos para a pasta?

Penso em transformar a Embratur em uma agência e, como a Apex, capaz de ir em busca de patrocínio. Também pretendo criar áreas especiais de turismo, com uma legislação própria. Cancun é um exemplo: são 15 quilômetros de praia que, no ano passado, gerou 14 bilhões de dólares para o México, o dobro do turismo no Brasil. Estou pensando em ter no Brasil algumas Cancuns, áreas que pudéssemos ter um tratamento diferenciado para os investimentos brasileiros. Pretendo levar isso ao Congresso Nacional, é um projeto a médio e longo prazo que pretendo desenvolver.

Investimento na aviação e turismo regional é uma saída?Sim, investimento na rede hoteleira regional é importante. É preciso também mudar o perfil turístico além de sol, praia e mar. Há várias práticas para interiorizar o turismo e mostrar ao Brasil coisas as pessoas não conhecem. Mas para ampliar esse turismo é preciso ter hotel regional, aeroporto regional, e para isso é preciso ter a congruência do governo para destravar a burocracia; além da segurança pública. O turismo não vai para um lugar se não tiver a segurança do seu destino, e os municípios podem ajudar. A cidade precisa fazer a sua parte da iluminação pública, limpeza e nos acessos. É preciso ter equipamentos turísticos para não só trazer o turista, mas fazer ele ficar aqui, buscar com criatividade uma forma de fazer.

Há novos convênios do Mtur para o RN?Sim, há dois: um deles para o Museu da Rampa, que precisa ser finalizado. E há também o de R$ 30 milhões para a reforma do Centro de Convenções, que não começou. Na hora da competição, tudo isso pesa, seja para cima ou para baixo.

Quem é
Henrique Eduardo Alves é o atual Ministro do Turismo. Deputado federal por 42 anos, presidiu, até 2014, a Câmara dos Deputados.

ProgramaçãoMotores
Data: 8 de junho
Horário: 8h
Local: Versailles Recepções, no Cidade Jardim

8h - Pronunciamentos de autoridades
9h - Palestra”O destino Natal, diferenciais e gargalos como produto turístico”, com Claiton Aemelim, diretor de produtos nacionais da CVC Viagens:
10h - Palestra “Hub doméstico da TAM em Brasília: como opera e o que mudou no aeroporto e na cidade”, com José Luís Menghini, presidente do Consórcio Inframérica
11h - Debate medidado pelo presidente da Fecomercio, Marcelo Queiroz
12h - Palestra “Turismo como negócio: perspectivas e desafios do setor no contexto econômico nacional”, com o econominsta Alexandre Schwartsman

segunda-feira, 25 de maio de 2015

ESTADO DOS PNEUS DO MICRO-ÔNIBUS ESCOLAR DE SERRA CAIADA- RN

O vereador ERIVAN ELIAS, em Passagem Pela Cidade de Santa Cruz-RN, Percebeu que o Micro-ônibus que Conduz os Alunos do IFRN da  Cidade Serra Caiada Para Santa Cruz, se Encontrava em Estado de Desgaste e Registou o Fato na Intenção de Alertar ao Poder Executivo Para que Tomar Providencias Quanto a Isso, de Modo a Evitar Qualquer Acidente com o Veiculo, Preservando Tanto a Integridade Física dos Estudantes Quanto a do Profissional Condutor.