A presidenta Dilma Rousseff convocou para hoje (1º), às 16h,
na Granja do Torto, reunião ministerial para discutir a onda de
manifestações no país e medidas que podem ser adotadas para solucionar o
impasse. A decisão foi tomada depois que Dilma conversou com vários
ministros, no fim de semana, no Palácio da Alvorada e analisou os
resultados das reuniões com movimentos sociais, entidades civis
organizadas e centrais sindicais.
O ministro
das Comunicações, Paulo Bernardo, que esteve no Alvorada no fim de
semana, disse que a presidenta quer ouvir os ministros sobre os
episódios que ocorrem no país. Porém, ele minimizou, por exemplo, as
queixas sobre a desorganização em determinadas situações envolvendo a
Copa das Confederações. “O volume de reclamações não é expressivo”,
disse, lembrando que o sistema será aperfeiçoado.
As
manifestações no país ocorrem desde o mês passado e foram intensas no
sábado (29) e domingo (30) em várias cidades. Nas ruas, os manifestantes
reivindicam a redução das tarifas do transporte público, assim como
melhorias nos serviços de atendimento à saúde e educação, além do
combate à corrupção.
Dilma defendeu o direito
de as pessoas protestarem, mas alertou que a violência é inaceitável.
Nos primeiros dias de manifestações, houve uma série de atos de
vandalismo, inclusive em Brasília. O Palácio Itamaraty, sede do
Ministério das Relações Exteriores, foi alvo de ataques, registrando 62
vidraças quebradas e pichações.
Movimentos
organizados, de segmentos específicos, como os representantes dos gays,
bissexuais, travestis, transexuais e lésbicas também fazem
reivindicações. Eles estiveram com a presidenta, no último dia 18, no
Planalto, e pediram à Dilma apoio do governo para impedir a aprovação do
projeto sobre a “cura gay”, assim como reivindicaram a implementação de
medidas que criminalizem a homofobia.
Com informações da Agência Brasil.