quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

América empata com o Vitória e termina primeira fase na liderança do Grupo A

Fonte: Futebol Potiguar

Precisando apenas de um empate para confirmar a liderança do grupo, o alvirrubro fez uma partida equilibrada e no fim conseguiu o resultado que necessitava

Goleiro Andrey salvou o América da derrota ao defender pênalti. Foto:Divulgação
Goleiro Andrey salvou o América da derrota ao defender pênalti. Foto:Divulgação
Invencibilidade mantida.
O América entrou em campo nesta quarta-feira para enfrentar o Vitória pela última rodada da primeira fase da Copa do Nordeste. Precisando apenas de um empate para confirmar a liderança do grupo, o alvirrubro fez uma partida equilibrada e no fim conseguiu o resultado que necessitava. O placar de 0 a 0 deixou o clube potiguar na liderança do Grupo A, e agora o adversário será o CRB na próxima fase.

Jogo
A primeira etapa começou bastante equilibrada. Tentando impor seu ritmo de jogo, o América perdeu a primeira chance logo aos três minutos, após grande jogada de Adriano Pardal, o atacante Isac não alcançou a bola. Precisando vencer, a equipe baiana saiu mais para o ataque e aos 31 minutos criou a melhor chance do primeiro tempo com o lateral-esquerdo Mansur, que carimbou o travessão de Andrey.
A segunda etapa começou com o Vitória pressionando. Logo aos seis minutos o meia Mauri entrou na área americana e simulou uma queda, próximo ao lance, o árbitro paraibano marcou pênalti. Na cobrança Dinei finalizou no canto direito e Andrey defendeu. O lance animou o América que voltou a pressionar, mas sem sucesso, ficou mesmo no 0 a 0.
Com o resultado o América ficou na primeira colocação do Grupo A com 12 pontos, enquanto o Vitória foi o segundo com 11. Na próxima fase o alvirrubro enfrentará o CRB, enquanto os baianos terão pela frente o Ceará.
Ficha Técnica
América 0×0 Vitória – Copa do Nordeste
Local: Arena das Dunas
Data: 05/02
Horário: 21h15
Público: 10.349
Renda: R$ 263.910
Arbitragem: Renan Roberto de Souza/PB, auxiliado por Kildenn Tadeu Morais de Lucena/PB e Anderson Silveira Ribeiro/PB.
Cartões amarelos: Márcio Passos (América) ; Wilson, Jonathan Ferrari e Luiz Gustavo(Vitória).
AMÉRICA
Andrey; Edson Rocha, Cléber e Adalberto; Wálber (Gláucio), Márcio Passos, Fabinho, Rubinho e Raí (Bruno); Adriano Pardal e Isac (Alfredo). Técnico: Leandro Sena.
VITÓRIA
Wilson (Gustavo); Nino Paraíba, Jonathan Ferrari, Rodrigo Defendi e Mansur; Luiz Gustavo, José Welisson, Mauri e Marquinhos; Leilson (Neto Coruja) e Dinei. Técnico: Ney Franco.

Mineiro critica o PMDB: “Não vamos subir num palanque com três cabeças”

Fonte do Jornal de Hoje.

Deputado critica articulação do PMDB, que exclui o PT em favor do PSB, PSDB e DEM, legendas adversárias da presidente Dilma

Deputado Fernando Mineiro. Foto: Divulgação
Deputado Fernando Mineiro. Foto: Divulgação
Alex Viana
Repórter de Política

O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) declarou hoje que o PT terá um palanque nítido no Rio Grande do Norte, sem tergiversações. “A prioridade do PT é para a eleição de Dilma. Queremos no Rio Grande do Norte um palanque claro, com rumo definido. Não vamos subir num palanque com três cabeças”, declarou o parlamentar, durante entrevista ao Jornal da Cidade (94 FM).
A referência do parlamentar é à chapa que está sendo construída pelo PMDB no Rio Grande do Norte, que teria, no mesmo palanque, três partidos que são contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff: o PSB, o PSDB e o DEM. “No PT temos uma prioridade absoluta que é fortalecer o palanque de Dilma e Michel Temer no RN. Um palanque nítido, sem dúvidas e tergiversações. Nossa prioridade é a reeleição de Dilma e Michel”, afirmou.
Mineiro disse que o PMDB deixou claro esse projeto durante uma reunião com PT há duas semanas, quando os líderes Henrique Alves e Garibaldi Filho deixaram claro que estavam buscando uma aliança com o PSB da ex-governadora e atual vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria. “Nós tivemos uma conversa muito franca com o PMDB, onde o PMDB nos disse que tem preferência por buscar uma aliança com o PSB no cargo para o Senado. Eles estão discutindo, fazendo consulta às bases do partido, mas existe um movimento no PMDB de priorizar a aliança com o PSB. É um direito deles, nós não íamos intervir, e dissemos que não dava para nós, porque que nós estávamos sendo excluídos da chapa majoritária. E nós não vamos aceitar a exclusão da chapa majoritária. Isso está claro”, contou Mineiro.
O deputado do PT aproveitou para rebater declarações da ex-governadora Wilma de Faria, que chegou a afirmar que o PT estava excluindo ela das conversas e possíveis alianças no Estado. “Nós não temos vetos a ninguém. Não temos veto nenhum a ninguém. A questão é nacional, que tem orientado e dito para nós que a prioridade é Dilma e Michel”, disse o parlamentar. Wilma é correligionária do governador de Pernambuco Eduardo Campos, que será candidato do PSB a presidente da República disputando contra a presidente Dilma Rousseff.
Mineiro afirmou ainda que, no que depender dele, irá defender a construção de outros caminhos para o PT no RN. “Um projeto para o RN, que contemple na chapa a deputada federal Fátima Bezerra ao Senado, a manutenção do espaço do PT na Câmara federal e ampliação das vagas da legenda na Assembleia Legislativa”.
“Uma vez que o PMDB está querendo essa aliança mais ampla e a decisão de chapa própria do PT está descartada, hoje à tarde vamos debater com o PSD do vice-governador Robinson Faria. Então, temos um caminho que é PSD. Vamos debater. Vou defender que estabeleçamos a discussão. Não podemos ficar esperando que os aliados nacionais fiquem parados. Defendo que seja definido o quanto antes. O prazo é março”.

“Retirei a candidatura para facilitar aliança, mas o PMDB nos excluiu” 
Fernando Mineiro confirmou a intenção do PT de coligar com o PSD do vice-governador Robinson Faria para as eleições de 2014 no Rio Grande do Norte. O objetivo da legenda é construir uma forte aliança que tenha Robinson candidato a governador e a deputada federal Fátima Bezerra (PT) candidata ao Senado.
O prazo para o fechamento da chapa é março próximo e, pelo andamento das conversas, a aliança entre PT e PSD com a chapa Robinson e Fátima seria algo irreversível. A classe política do Estado já tem como certa a aliança. Só uma reviravolta mudaria o quadro. PT e PSD se reúnem hoje para discutir detalhes da aliança, que conta com aval nacional das duas legendas, lideradas pelo presidente do PT, Ruy Falcão, e do PSD, Gilberto Kassab.
Mineiro criticou as articulações politico-eleitorais conduzidas pelo PMDB no estado. O partido do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e do ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, segundo ele, excluiu o PT de uma possível aliança, dando preferência a compor com partidos que não apoiarão a reeleição da presidente Dilma Rousseff, como o PSB, o PSDB e o DEM.
“Hoje à tarde vamos debater com o PSD. O PMDB está nos excluindo dessa chamada ampla aliança. Vou defender que chame outros partidos para o debate. Não vamos esperar a definição de outros partidos aliados. O nosso prazo é março. Estamos sendo excluídos da aliança com o PMDB”, afirmou o petista.
Mineiro foi além, ao dizer que retirou sua candidatura ao governo do Estado para facilitar os entendimentos com o PMDB. Ainda assim, segundo ele, o PMDB preferiu excluir o PT em prol de uma aliança com o PSB, da ex-governadora Wilma de Faria, possível candidata ao Senado.
“O PMDB tem que decidir qual o caminho que quer seguir. Retirei minha candidatura ao governo para facilitar as conversas com o PMDB, para facilitar as conversas nacionais. Quero deixar claro que nossa posição não é adotar um palanque que cabe todo mundo. Não podemos se aliar e mudar nossa ideologia nacional. Esse assunto foi decidido nacionalmente”, acrescentou o petista.
Mineiro disse ainda que a candidatura da deputada federal Fátima Bezerra ao Senado é considerada irreversível pelo PT. “Fátima está muito firme na posição de sair ao Senado. Está muito firme e decidida nesse caminho aí”, afirmando que a petista não irá escolher adversário e não teme enfrentar a ex-governadora Wilma de Faria nas urnas.
Mineiro destacou, por fim, que a decisão final quanto a uma aliança com o PSD de Robinson Faria caberá à direção nacional dos dois partidos, que, segundo ele, já estão com conversas bastante adiantadas. Ele disse ainda que não há lógica em o PT ser excluído de uma aliança pelo PMDB e ser obrigado a aceitar compor aliança com este partido.

Garibaldi: “Não sinto desconforto de apoiar a chapa Fernando e Wilma”

Fonte do Jornal de Hoje.

Ministro da Previdência afirma que a chapa majoritária poderá mesmo ser feita entre PMDB e PSB

Alex Viana
Repórter de Política
O ministro da Previdência, Garibaldi Filho (PMDB), confirmou a possibilidade de o ex-senador Fernando Bezerra (PMDB) disputar o cargo de governador do Estado nas eleições deste ano. Em entrevista ao “Jornal das Seis”, o ministro defendeu o nome do empresário como “o nome mais preparado” para enfrentar as dificuldades do estado na atualidade. O fato de Garibaldi ter votado tanto contra Wilma de Faria (PSB) quanto contra Fernando Bezerra, em eleições recentes, não embaraça o ministro. O senhor não se sente desconfortável de apoiar uma chapa como essa? Como é que o senhor vai chegar para o eleitor? “Não, eu não me sinto desconfortável, não. Primeiro, porque não apoiei nenhuma chapa. A chapa ainda está em formação”, afirmou. Confira a entrevista.
Ministro Garibaldi Filho foi entrevistado pelos jornalistas Marcos Aurélio de Sá,  Tulio Lemos e Enio Sinedino, na rádio 96 FM. Foto: Cedida
Ministro Garibaldi Filho foi entrevistado pelos jornalistas Marcos Aurélio de Sá,
Tulio Lemos e Enio Sinedino, na rádio 96 FM. Foto: Cedida
Jornal de Hoje – Que o senhor pensa do quadro político, com o PMDB querendo lançar uma chapa tão ampla com todos esses partidos políticos?
Garibaldi Filho – Olhe, eu diria a você, é estranho que se possa questionar o fato de querer se construir uma aliança mais ampla possível. Porque ninguém ganha eleição sozinho, o partido não pode ter pretensão de ganhar uma eleição só com os seus quadros partidários. Tirando uma chapa chamada puro sangue, não há isso. O que é que se todos pudessem estariam fazendo, ou todos podem fazer, eu diria melhor, não vou aqui inviabilizar a possibilidade de ninguém, de nenhum partido, de querer fazer o que o PMDB está fazendo. Eu apenas defendo agora aqui e defenderei em qualquer outra oportunidade a legitimidade de se fazer isso. Porque o que eu acho estranho é o questionamento da legitimidade disso.
JH – Mas não está se questionando a legitimidade, está se questionando a quantidade de partidos, ou pelo menos os representantes desses partidos. O senhor foi às ruas pedir votos para a governadora para tirar Wilma do governo, o PSB do governo. Aí Wilma está nesse grupo que é para resgatar o Estado. Zé Agripino, que é o DEM, mesmo partido de Rosalba, também está nesse grupo. Como é que esse povo vai resgatar um estado que eles mesmos conseguiram deixar desse jeito?
GF – Olhe, primeiro, a gente tem que pensar o seguinte: nós estamos a essa altura, e ele (Fernando Bezerra) deu essa entrevista que eu estou aqui com uma inveja danada (risos – por causa do tamanho do espaço), nós estamos convidando, sondando, querendo que o ex-senador Fernando Bezerra seja o candidato do PMDB. Nós achamos que ele é o melhor nome, o nome mais preparado, justamente para enfrentar isso que você disse… Porque, num regime presidencialista como o nosso, quem vai enfrentar… Se fosse o parlamentarismo, eu até diria, como você está falando, quem vai governar é o partido. Não, o regime presidencialista, eu não estou defendendo o regime presidencialista, eu estou factualmente chegando à conclusão de que sua premissa, você desculpe, discutir com você, vou terminar apanhando na sua coluna um bocado de tempo.
JH – Mas o senhor tem direito ao contraditório
GF – Mas a premissa sua ela precisa receber um reparo. Quem vai governar um estado num regime presidencialista, esse é o grande – vou levar a questão para o plano nacional – o grande questionamento que se faz na aliança PT/PMDB, é que o PT, nós temos 39 ministério, e o PT tem seguramente dois terços, porque há isso. Então, eu quero reconhecer a boa intenção de querer que os partidos todos, eles…
JH – Quando o senhor fala que FB é o candidato do PMDB, que ele é melhor…
GF – Não, de acordo com o que ele diz aqui no jornal. Ele diz que está pensando ainda.
JH – Mas disse também que não tem estatura para concorrer contra Wilma, se ela não aceitar ser candidata ao Senado, e disse que o PMDB deu esse tempo para Wilma pensar, decidir. Se até meados de março ela decidir, forma uma chapa com o PMDB e ele aceitar ser o candidato a governador com ela de Senado, se ela não decidir, aí o senhor renuncia ao Ministério da Previdência para ser candidato contra ela. E aí?
GF – Não, isso aí. Eu não li a entrevista toda, não. Mas ele não tem procuração minha para decidir isso não.
JH – Disse inclusive que o candidato deveria ser Henrique, que está no melhor momento…
GF – Acho que muita gente do PMDB pensa como ele. Aqui não vamos pensar que é só Fernando Bezerra que pensa assim. Ele pensa uma coisa que muita gente do PMDB pensa. Agora, é preciso que vocês chamem Henrique aqui e perguntem a ele.
JH – Na parte que cabe o senhor, nessa situação, o senhor descarta uma candidatura a governador, se Wilma for candidata ou não, em qualquer situação, o senhor descarta ser candidato?
GF – Eu não penso em ser candidato. E não vamos também avançar. Não podemos queimar etapas. Eu reconheço que os jornalistas, e eu já tentei ser jornalista, terminei jornalista amador, querem, de qualquer maneira, queimar etapas no processo, e é bíblico, o que se diz é que tudo tem seu tempo.
JH – O senhor sente algum tipo de rejeição ao nome de Fernando Bezerra nas bases?
GF – O que sinto, e até ele reconhece, é que nós temos que constatar que Fernando Bezerra está ausente da política do RN desde 2006. E ele realmente recolheu-se mesmo à atividade empresarial. Então, há uma geração nova, emergindo, que não conhece Fernando Bezerra bem. Mas há outra que pode dar um depoimento a respeito do que ele fez como senador simplesmente, mas também como líder do governo de Lula no Senado, como ministro da Integração Nacional. E também poderíamos dizer há quem diga que a Confederação Nacional da Indústria vale por um ministério. Como presidente da CNI.
JH – E como ministro ele deixou uma marca muito forte em relação aos prefeitos do RN. Mas FB já foi candidato a governador e o senhor votou contra ele. Wilma foi candidata ao Senado, disputou com o senhor agora em 2010, o senhor votou contra ela. O senhor não se sente desconfortável de apoiar uma chapa como essa? Como é que o senhor vai chegar para o eleitor?
GF – Não, eu não me sinto desconfortável, não. Primeiro, porque não apoiei nenhuma chapa. A chapa ainda está em formação. Se essa chapa vier a ser consolidada, é uma chapa escolhida não apenas por um partido, mas por uma coligação. E eu estarei ali ajudando os nomes que forem escolhidos. Eu levo uma vantagem e, acredito eu, na política do RN acabou. Não tenho ressentimento, mágoas. A política já foi muito mais radical, um poço de mágoas. Eu não tenho… Eu apenas vou, sobretudo, me dedicar a pregar isso que estou dizendo aqui, se ele aceitar: que o nome de Fernando Bezerra está à altura desse desafio que o estado precisa enfrentar.
JH – O senhor se arrepende de ter votado em Rosalba?
GF – Não, não me arrependo, não. Porque quando eu votei em Rosalba, eu não tinha uma bola de cristal para saber o que iria acontecer. Quando eu vi que o partido não poderia continuar a apoiá-la, eu insisti no sentido de que o partido não poderia lhe dar aquele apoio.
JH – Qual seria a chapa dos sonhos para o governo e o Senado?
GF – Com toda sinceridade, acho que o melhor quadro hoje para exercer o governo do Estado, ninguém vai nomeá-lo, ninguém pense que vai ser fácil, vai haver uma campanha, a campanha não vai ser fácil, é Fernando Bezerra.
JH – Qual a causa do RN passar por tantas dificuldades, o estado está quebrado, segurança pública desmantelada, saúde sem funcionar, estado atrasando salário. Quem é culpado por isso?
GF – Acho que se nós formos procurar culpados, nós vamos realmente perder muito tempo.
JH – Mas não é importante descobrir os culpados?
GF – Olhe, se você quiser colocar alguém sub judice, você recorre ao MP, e não recorre a mim.
JH – A ex-governadora Wilma disse que nas conversas com o PMDB, o senhor e Henrique não falaram no nome de FB para o governo. Falaram ou não?
GF – Olhe, em todas as conversas, não apenas com ela, com o PT, com os partidos que foram mais ouvidos por Henrique, é verdade, mas nas conversas que participei, inclusive com o PSB, de Wilma de Faria, o nome de Fernando Bezerra foi sempre colocado como um nome que nós estamos lutando para que ele possa ser o candidato do partido, levando o nome dele a essa coligação a ser formada.
JH – Nas conversas que o PMDB tem com Agripino, o que ele diz em relação ao DEM, que fica com o PMDB?
GF – Ele diz que o partido não é Agripino, é a bancada de deputados na Assembleia e na Câmara dos Deputados, um conjunto de lideranças e de forças. Como é partido aqui, ele vai ouvi-los e acredita que não será fácil a situação da governadora, da maneira como as coisas estão acontecendo no RN.
JH – Ele acha que Rosalba é inviável eleitoralmente?
GF – Se caminhar assim, ele está preocupado… É a tal história, do mesmo jeito que mandou me convidar, convide Zé Agripino para ele falar.
JH – Há alguma possibilidade de mudança do PMDB nessa questão da candidatura, por exemplo, Henrique ou Walter Alves?
GF – Se FB chegasse a não aceitar o convite, que a comissão executiva já nos autorizou a convidá-lo, mas isso vai ter uma reunião de diretório, e própria convenção que ainda vai demorar, se isso chegar a um ponto culminante que não venha a trazer o nome de FB como candidato, nós vamos ter que examinar outra solução. Nós temos é que ter presente que há uma expectativa muito grande no estado com relação ao PMDB estadual e com relação ao plano nacional com relação ao PMDB nacional de que o candidato que nós tenhamos aqui no RN seja o candidato do PMDB.
JH – Falando no plano nacional, não acha que fica complicado para o PMDB explicar que vai excluir o PT da aliança para colocar alguém do PSB, que tem uma candidatura a presidente da República adversária?
GF – Se isso acontecer terá que ser explicado. Como em outros estados, essa ortodoxia, se isso prevalecer, que se venha a quebrar isso, em outros estados pode acontecer, porque essa verticalização é difícil de acontecer hoje.
JH – Em sua opinião, aqui no Estado, a coligação que está se formando, a entrada desse grupo do PT, é inviável?
GF – Eu acho que o PT está acompanhando a situação. Já hoje no JH, há uma matéria dizendo que o PT estaria hoje mais inclinado a compor com o PSD.
JH – O projeto do PT é Fátima para o Senado e a chapa exclui esse projeto.
GF – Eu acho que Fátima tem todas as razões de estar querendo fazer prevalecer a candidatura dela. Ela tem inclusive nas pesquisas, pesquisas essas que no RN elas não estão acontecendo, a última foi em dezembro. Queria dizer que Fátima Bezerra é uma candidata que realmente que o PMDB poderia e pode apoiar ainda.
JH – E Wilma?
GF – Nós estamos ainda num processo de discussão.
JH – Vocês já convidaram oficialmente Wilma para ser candidata?
GF – Oficialmente, não. Até porque ela não nos deu essa prerrogativa de convidá-la. Na conversa dela ela diz que vai ouvir o partido, que ainda tem essa chance de ser candidata ao governo, então ninguém vai atropelar o processo.
JH – Mas, a preferência do PMDB é Wilma para o Senado?
GF – O próprio Fernando Bezerra colocou isso muito claramente. Mas FB hoje ele coloca que a chapa ideal para ele seria a chapa com a ex-governadora Wilma de Faria. Então, nós temos que procurar facilitar os caminhos de FB já que nós queremos a candidatura dele. E isso chega a essa afirmação dele.
JH – Que Henrique diz sobre candidatura ao governo?
GF – Diz que nesse momento não se cogita de candidatura dele. Acho uma afronta ao nome de FB, dizer que é faz de conta, laranja.
JH – Fracassando essa tentativa de uma aliança tão ampla, Waltinho estaria aberto a ser candidato numa chapa de Robinson?
GF – Não aceita outra coisa no momento a não ser deputado estadual.
JH – O quadro está muito confuso?
GF – Eu admito que o quadro está nebuloso, porque n o é fácil esse processo de consolidação da candidatura de FB, quando ele próprio ainda não se dispõe a conquistar os apoios. Aí fica difícil, mas ele tem discurso, eu continuo insistindo nisso. Ele tem discurso, tem uma história, o RN está passando por um momento difícil.
JH – Notei o senhor meio abatido, o senhor visitou o hospital, esteve com sua mãe, como ela está?
GF – Você está me achando abatido? Não é por conta de mamãe, não, porque ela está melhorando, graças a Deus. Você pode está me achando abatido é porque todas as vezes que eu venho dar uma entrevista como essa eu venho nesse estado de espírito (risos). Depois eu até melhoro, agora mesmo eu estou melhor, porque está terminando.

PT discute a chapa Robinson Faria para Governo e Fátima Bezerra para o Senado

Fonte do Jornal de Hoje.

Lideranças do PT e PSD se reúnem amanhã com possibilidade de definição da chapa majoritária no RN

Pré-candidato a governador pelo PSD, Robinson confirma presença na reunião com o PT para discutir aliança política e provável chapa com ele para o governo e a deputada federal Fátima Bezerra para o Senado. Foto: Divulgação
Pré-candidato a governador pelo PSD, Robinson confirma presença na reunião com o PT para discutir aliança política e provável chapa com ele para o governo e a deputada federal Fátima Bezerra para o Senado. Foto: Divulgação
Alex Viana
Repórter de Política

Única pré-candidatura definida ao governo do Estado nas eleições deste ano, a postulação do vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, presidente estadual do PSD, começará a ser discutida nesta quinta-feira pelo diretório estadual do PT, durante reunião da executiva do partido. Na oportunidade, as principais lideranças do PT no Estado, entre elas, a deputada federal e pré-candidata ao Senado, Fátima Bezerra (PT), e o deputado estadual Fernando Mineiro, estarão reunidas com o governadorável do PSD e lideranças dessa legenda, como o deputado federal Fábio Faria e os deputados estaduais José Dias e Gesane Marinho, além do prefeito da segunda maior cidade do estado, Mossoró, Francisco José Júnior.
A reunião foi marcada a pedido do PT, que está dialogando com os partidos em torno das alianças políticas para as eleições deste ano. Diante do quadro de alianças que se desenha no Rio Grande do Norte, o presidente do PT, Eraldo Paiva, já admite a possibilidade de aliança com o PSD, em torno da candidatura de Robinson Faria a governador do Estado. “Nós tiramos como recorte fazermos aliança no estado com partidos que compõem a base da presidente Dilma. Então, o PSD do vice-governador Robinson é um partido que já nos colocou oficialmente e declarou o apoio a Dilma, inclusive o prefeito de Mossoró, que é do PSD, já declarou apoio a Dilma também. Nós vamos conversar nesta quinta”, explicou Eraldo.
A aliança entre PSD e PT está sendo dada como certa já pela classe política do Rio Grande do Norte, como opção a uma chapa mais ampla que reuniria, num outro palanque, o PMDB, o PSB, e, possivelmente, o DEM e o PSDB, partidos que não estão alinhados com o projeto nacional do PT, que é de reeleição da presidente Dilma Rousseff. “Então o PSD, por ser um partido da base de sustentação do nosso governo no Congresso, como também por apoiar a reeleição da presidenta Dilma, será um partido com quem vamos dialogar a luz do que diz a resolução estadual e o que diz a resolução nacional do PT”, frisou Paiva.
Indagado se o PT poderá então apoiar a candidatura de Robinson ao governo, num palanque com Fátima para o Senado, o dirigente do PT afirmou: “Lógico. O PT está aberto para discutir. Temos uma prioridade que é a eleição de Fátima. É a parte que nos cabe aqui, além da prioridade da reeleição de Dilma. Então, vamos iniciar o diálogo com Robinson, para ouvir quais os projetos dele. Como ele se tornará candidato. Em que cenário ele é candidato a governador. E nós também vamos apresentar o nome da deputada Fátima Bezerra ao Senado”, completou.
Eraldo disse que, quanto ao palanque, o PT estadual não irá tergiversar. “O PT vai defender um palanque nítido no RN e no Brasil, que é o palanque de reeleição da presidente Dilma”, disse. Instado a avaliar as chances eleitorais da chapa Robinson governo e Fátima Senado, Eraldo disse que o PSD de Robinson tem um bom tempo de TV, e que será possível ampliar a aliança para outros partidos. “Nós não paramos para analisar as pesquisas. Mas treino é treino e jogo é jogo. O PSD tem um bom tempo de TV, porque tem uma boa bancada federal, e aliança com alguns partidos”.
Ainda segundo Eraldo Paiva, “a eleição no RN é aberta. Os partidos não apresentaram oficialmente nomes, tirando o PT, que apresentou Fátima ao Senado, e o PSD, com Robinson, os outros partidos não apresentaram oficialmente candidaturas”. “Estamos analisando, e vamos conversar com os partidos que formam a base do nosso governo”.

“Robinson e Fátima são a novidade na chapa majoritária”
O ex-presidente do PT Geraldo Pinto voltou a defender na manhã de hoje a chapa Robinson Faria para o governo e Fátima para o Senado. Em entrevista ao programa “RN em Debate”, da TV União (segunda a sexta, 12h15), ele reforçou a possibilidade de aliança entre PT e PSD, tendo o vice-governador como candidato a governador e a deputada Fátima Bezerra disputando o Senado. A chapa enfrentaria um candidato do PMDB ao governo (Garibaldi, Henrique ou Fernando Bezerra), com a presidente do PSB, Wilma de Faria par ao Senado. Um terceiro palanque poderia ser o da governadora Rosalba Ciarlini, se a Justiça Eleitoral permitir o DEM chancelar.
“No momento, estou propondo ao PT e quero discutir no PT a chapa Robinson Faria para o governo, Fátima para o Senado, numa composição do PT com o PSD nos moldes do que é”, disse Geraldo Pinto. Segundo Geraldão, como é conhecido, “a vinda do PSD para uma aliança com o PT foi importantíssima em São Paulo, porque permitiu ter um governo mais próximo do governo federal. E aqui Robinson tem esse papel. Vai ser uma novidade”, destacou.
Segundo Geraldo Pinto, tanto Robinson quanto Fátima “são dois políticos antigos, têm experiência, mas serão a novidade do ponto de vista de estarem numa chapa majoritária”. Acrescentou o petista: “Robinson foi presidente da Assembleia e agora como vice, enquanto você tem um caos no governo, ninguém fala no vice-governador. Porque ele teve uma postura de se colocar contra, teve coragem, teve ousadia de fazer. Espero que a gente possa viabilizar isso para apresentar ao povo uma alternativa ao acordão”, declarou.
Ainda de acordo com Geraldo Pinto, a aliança adversária, articulada pelo PMDB, junta num mesmo palanque “políticos que foram adversários a vida toda”. Nesse sentido, “o povo sabe das diferenças que existem no grupo”. E conclui: “Como é que vão confiar num grupo que historicamente estiveram contra e agora vão estar todo mundo junto? Nós somos do PT, estamos com projeto nacional de reeleger a Dilma, com aliados. Somos contra o DEM. Do ponto de vista programático, o que o RN está vivendo foi uma opção errada, que o povo também ajudou a fazer. Então acho que agora temos que fazer essa correção. E essa correção é Robinson para o governo e Fátima para o Senado”.

Wilma vai ao Vale do Assu e Oeste nesta quinta

A presidente do PSB/RN, Wilma de Faria, segue viajando para visitar todos os 167 municípios do Rio Grande do Norte, com o objetivo de fortalecer sua legenda, além de consultar suas bases a respeito dos caminhos que devem tomar nas eleições de outubro próximo. Desta maneira, vai, nesta quinta-feira (06) a Assu, Caraubas, Rafael Godeiro e Umarizal. Além de encontros com lideranças correligionárias e simpatizantes, a ex-governadora também concederá entrevistas às imprensas locais.